segunda-feira, 10 de novembro de 2008

INVESTIGAÇÃO DA ATUAÇAO CLÍNICA DA PSICOLOGIA SOCIAL

Titãs - Comida
Compositor: Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto
Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte
A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer
Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comer,
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer,
A gente quer prazer pra aliviar a dor
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer inteiro e não pela metade

Esta letra da musica, expressa, em nossa opinião, toda a estrutura desejante do ser humano. Todo quer dinheiro, comida, diversão, arte. Alguns gostam de bebida, cigarros, além de outros ilícitos. Mas há de se concordar que jamais sobreviveríamos sem o coletivo, sem o social que nos dá suporte para permanecermos vivos. Mesmo porque, se não houvesse o outro nem saberíamos se realmente estamos vivos’. Por isso faz se necessário estudar o individuo, sua singularidade, mas não sem levar em consideração sua interação com o seu ambiente e os outros indivíduos que com ele co-habitam: seu grupo de convivência. Daí surge o estudo desta sociedade em busca da compreensão desta interatividade. Mesmo porque “a gente quer por inteiro e não pela metade”.

Por que crianças não obedecem ao não?





Pergunta difícil: o que é neurociência?

Neurociência é todo o tipo de investigação sobre o sistema nervoso. Como ele se desenvolve, como ele funciona como ele é parecido e diferente entre indivíduos e espécies. E até como ele deixa de funcionar.

A neurociência nos revela como o cérebro produz o nosso comportamento. Por que nos emocionamos? Por que precisamos dormir? Como as crianças se desenvolvem? Como tomamos decisões? Enfim, o que somos e o que somos.

O que faz um neurocientista?

Há varias maneiras de investigar a estrutura e o funcionamento do cérebro. Mas, em geral, trabalho em um laboratório, fazendo pesquisa, ou em um hospital, se for um pesquisador neorologista. O neurocientista pode ser um biólogo, um médico, psicólogo, físico, engenheiro, filosofo.

“Eu sou bióloga, neurocientista, fiz pós-graduação nos Estados Unidos, na França, Alemanha. Hoje sou pesquisadora e professora no Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, onde faço o trabalho de pesquisa e divulgação cientifica sobre o cérebro”, se apresenta Suzana Herculano-Houzel.

Ela é a apresentadora do novo quadro do Fantástico: Neuro Lógica. Com ela você vai aprender porque o bocejo é contagioso, por que guardar segredo é muito difícil. E até a melhor maneira de chamar um garçom.

O tema de estréia do quadro Neuro Lógica é criança desobediente. A neurociência explica.

“Não toque", "Não mexa", "Não suba", "Não rabisque aí".

Crianças, em geral, têm dificuldade de obedecer a ordens que começam por não.

Sabe por quê?

A resposta está no córtex pré-frontal, a parte da frente do cérebro, bem atrás da testa.
Entre muitas outras coisas, ela é responsável por impedir que a gente responda a estímulos de forma automática, sem pensar.

O problema é que essa parte do cérebro só amadurece na adolescência. E enquanto ela não está madura, a criança responde ao que vê e ouve, fazendo o que dá na telha.

Às vezes até cérebros adultos têm dificuldade de obedecer a um não.

Quer ver? Não pense em um elefante cor-de-rosa!

Conseguiu?

Aposto que não.

A imagem de um elefante cor-de-rosa é ativada automaticamente no seu cérebro quando você ouve essas palavras.

A dificuldade da criança é parecida. Quando escuta "não toque", o cérebro infantil se vê diante de um dilema.

Palavras como correr, pular, tocar, ativam automaticamente essas ações e o cérebro se prepara para executá-las. Porém, se a ordem vem com um não na frente, o córtex pré-frontal entende que a ação deve ser bloqueada.

Mas como "isto aqui" ainda não está maduro, o cérebro infantil tem dificuldade para bloquear a ação.

Portanto, cuidado! Dizer "não pule" a uma criança em cima de um muro pode ser um perigo, um convite ao pulo.

O que fazer?

Em vez de "não pula", diga "fica parada", o cérebro da criança não vai ter nenhum dilema para resolver e terá uma chance bem maior de obedecer - e não pular.

Você que é adulto pode controlar seu ímpeto de dizer não.

A dica da neurociência, portanto, é simples: dê ordens positivas e ajude o cérebro da criança a obedecer.