segunda-feira, 10 de novembro de 2008

INVESTIGAÇÃO DA ATUAÇAO CLÍNICA DA PSICOLOGIA SOCIAL

Titãs - Comida
Compositor: Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto
Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte
A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer
Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comer,
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer,
A gente quer prazer pra aliviar a dor
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer inteiro e não pela metade

Esta letra da musica, expressa, em nossa opinião, toda a estrutura desejante do ser humano. Todo quer dinheiro, comida, diversão, arte. Alguns gostam de bebida, cigarros, além de outros ilícitos. Mas há de se concordar que jamais sobreviveríamos sem o coletivo, sem o social que nos dá suporte para permanecermos vivos. Mesmo porque, se não houvesse o outro nem saberíamos se realmente estamos vivos’. Por isso faz se necessário estudar o individuo, sua singularidade, mas não sem levar em consideração sua interação com o seu ambiente e os outros indivíduos que com ele co-habitam: seu grupo de convivência. Daí surge o estudo desta sociedade em busca da compreensão desta interatividade. Mesmo porque “a gente quer por inteiro e não pela metade”.

Por que crianças não obedecem ao não?





Pergunta difícil: o que é neurociência?

Neurociência é todo o tipo de investigação sobre o sistema nervoso. Como ele se desenvolve, como ele funciona como ele é parecido e diferente entre indivíduos e espécies. E até como ele deixa de funcionar.

A neurociência nos revela como o cérebro produz o nosso comportamento. Por que nos emocionamos? Por que precisamos dormir? Como as crianças se desenvolvem? Como tomamos decisões? Enfim, o que somos e o que somos.

O que faz um neurocientista?

Há varias maneiras de investigar a estrutura e o funcionamento do cérebro. Mas, em geral, trabalho em um laboratório, fazendo pesquisa, ou em um hospital, se for um pesquisador neorologista. O neurocientista pode ser um biólogo, um médico, psicólogo, físico, engenheiro, filosofo.

“Eu sou bióloga, neurocientista, fiz pós-graduação nos Estados Unidos, na França, Alemanha. Hoje sou pesquisadora e professora no Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, onde faço o trabalho de pesquisa e divulgação cientifica sobre o cérebro”, se apresenta Suzana Herculano-Houzel.

Ela é a apresentadora do novo quadro do Fantástico: Neuro Lógica. Com ela você vai aprender porque o bocejo é contagioso, por que guardar segredo é muito difícil. E até a melhor maneira de chamar um garçom.

O tema de estréia do quadro Neuro Lógica é criança desobediente. A neurociência explica.

“Não toque", "Não mexa", "Não suba", "Não rabisque aí".

Crianças, em geral, têm dificuldade de obedecer a ordens que começam por não.

Sabe por quê?

A resposta está no córtex pré-frontal, a parte da frente do cérebro, bem atrás da testa.
Entre muitas outras coisas, ela é responsável por impedir que a gente responda a estímulos de forma automática, sem pensar.

O problema é que essa parte do cérebro só amadurece na adolescência. E enquanto ela não está madura, a criança responde ao que vê e ouve, fazendo o que dá na telha.

Às vezes até cérebros adultos têm dificuldade de obedecer a um não.

Quer ver? Não pense em um elefante cor-de-rosa!

Conseguiu?

Aposto que não.

A imagem de um elefante cor-de-rosa é ativada automaticamente no seu cérebro quando você ouve essas palavras.

A dificuldade da criança é parecida. Quando escuta "não toque", o cérebro infantil se vê diante de um dilema.

Palavras como correr, pular, tocar, ativam automaticamente essas ações e o cérebro se prepara para executá-las. Porém, se a ordem vem com um não na frente, o córtex pré-frontal entende que a ação deve ser bloqueada.

Mas como "isto aqui" ainda não está maduro, o cérebro infantil tem dificuldade para bloquear a ação.

Portanto, cuidado! Dizer "não pule" a uma criança em cima de um muro pode ser um perigo, um convite ao pulo.

O que fazer?

Em vez de "não pula", diga "fica parada", o cérebro da criança não vai ter nenhum dilema para resolver e terá uma chance bem maior de obedecer - e não pular.

Você que é adulto pode controlar seu ímpeto de dizer não.

A dica da neurociência, portanto, é simples: dê ordens positivas e ajude o cérebro da criança a obedecer.

domingo, 22 de junho de 2008

RESUMO






Uma nova linguagem, oriunda do mundo virtual, invade o mundo real e é usada nas mais diversas situações, chegando até mesmo ao ambiente escolar. Pois algumas pessoas não conseguem dissociá-la da língua formal e a usam inclusive na escrita em papel. O “internetês” é uma simplificação informal da escrita, consiste numa codificação que utiliza caracteres alfanuméricos. No início da Internet era utilizada apenas para Internet Relay Chat (IRC). Essa linguagem vem sendo adotada em celulares, fóruns da Internet e, por vezes, até no correio eletrônico.


Nunca a comunicação por intermédio da escrita e da leitura foi tão utilizada como nos dias de hoje. Com a difusão dos blogs, orkut, chat e até mesmo nos torpedos dos celulares, a linguagem peculiar da internet, invadiu a sala de aula e transformando-se em preocupação para os educadores. Não podemos nos esquecer, no entanto, que o modo de ver e interagir com o mundo, de sentir e de atuar são sempre orientados pelos meios de comunicação. O papel do educador é o de preparar o educando para usar criticamente as diversas formas de linguagens e também utilizá-las de maneira adequada.


A presente pesquisa sobre essa temática pautou-se a partir de leituras de Vygotsky e Lúria relacionadas ao desenvolvimento da linguagem, reportagens e observações no que se refere a utilização do software no contexto atual. Com o objetivo perceber como a sociedade tem utilizado a comunicação no século XXI;
Identificar os aspectos negativos e positivos na utilização do MSN.


Para alcaçarmos tal objetivo utilizou-se da pesquisa qualitativa, e a obtenção de dados foi realizada a partir de um Estudo de Caso em uma Lan House da Cidade de Caratinga selecionada aleatoriamente, onde foi observado e entrevistado um grupo de pessoas específicas de um determinado ambiente. Agregada a ele foi realizado estudos dos principais trabalhos já realizados e estudo de literatura pertinente. Assim essa pesquisa constituiu-se pelo Método Descritivo, que pretende descrever o fenômeno pesquisado de uma determinada realidade.


O sftware do MSN é um instrumento econômico de comunicação no mundo atual, desacelerar o seu desenvolvimento é impossível, pois a tecnologia está em constante mudança. Ele é utilizado por todas as faixas etárias com objetivos que convergem de forma geral: pesquisa, conversar com parentes, amigos e manter contatos por ser mais barato. O MSN tornou-se necessário em todos os setores: família, trabalho e empresas.


O que determina a sua interferência nas mediações interpessoais é o grau de interesse de quem o utiliza. Não existe culpado e sim equilíbrio entre essa tecnologia e a sua utilização no dia-a-dia. Cabe a instituição educacional e a família interagir com esse software, para conhecê-lo e assim mediar a utilização dos alunos no que se refere a utilização da língua formal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE NOSSO TRABALHO



O sftware do MSN é um instrumento econômico de comunicação no mundo atual, desacelerar o seu desenvolvimento é impossível, pois a tecnologia está em constante mudança. Ele é utilizado por todas as faixas etárias com objetivos que convergem de forma geral: pesquisa, conversar com parentes, amigos e manter contatos por ser mais barato. O MSN tornou-se necessário em todos os setores: família, trabalho e empresas.

O que determina a sua interferência nas mediações interpessoais é o grau de interesse de quem o utiliza. Não existe culpado e sim equilíbrio entre essa tecnologia e a sua utilização no dia-a-dia. Cabe a instituição educacional e a família interagir com esse software, para conhecê-lo e assim mediar a utilização dos alunos no que se refere a utilização da língua formal.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

1-O CONTEXTO DOS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS DAQUELES QUE UTILIZAM O MSN


A imagem tem livre acesso entre os povos, sua leitura é dinâmica e imediata, e, por ser simbólica por excelência, fala melhor que a palavra que tendo um vocabulário extenso, necessita de amplas tramas para descrever uma situação. A imagem é simbólica por excelência. O homem é espectador por natureza; observar imagens é uma necessidade no relacionamento dele com o mundo que objetiva uma constituição integrada.

A pesquisa em seu contexto nos revelou ao contrário do que pensamos a maioria dos jovens não se deixam influenciar pela linguagem do MSN, como é retratado na verbalização de um dos grupos dos entrevistados.

-“mantenho contato com amigos que se separaram de mim, assim converso com eles via MSN e pessoalmente saio com os amigos da faculdade”.

Diante desta fala, percebe-se que o MSN é apenas um instrumento de trabalho, pesquisas, contatos e quando usado com equilíbrio, torna-se algo de grande valia na vida de todos que o utilizam.

-“Uso há muito tempo com objetivo de conversar com meus irmãos que moram fora. E pessoalmente continuo do mesmo jeito, saio, vou a bares e boates”.

Os especialistas em segurança de crianças e adolescentes na internet ressaltam que a melhor solução é dialogar, instruir, alertar. Antigamente, você saía com seu filho na rua, ensinava a olhar para atravessar, não falar com estranhos... Hoje, tem um mundo eletrônico imprevisível e muito perigoso. Os pais têm que se preparar para educar seus filhos a andar nesse vasto mundo da web. Para Lefèvre (2007) é necessário uma ação empoderadora de controle social sobre as instâncias mediadoras, que visa enfrentar o fenômeno da hipertrofia das mediações, que faz com que elas se tornem autônomas, deixando com isso de estar a serviço do homem na sua relação com seu corpo e mente. De fato, a internet está mudando a dinâmica da comunicação em todo o mundo. Trata-se de um novo cenário com vários atores: o cidadão, a escola, a universidade, a empresa, a instituição não-governamental, o governo, todos atuando de alguma forma nos processos da tecnologia da informação, disponibilização de informações e inclusão digital (inclusão digital e combate à exclusão social e econômica estão intimamente ligados).

Os jovens utilizam o MSN de forma objetiva e mediada pelo contexto social.

-“Utilizamos para manter contato, diminuir a distância, além de ser uma forma mais econômica do que o telefone”.

O termo empoderar é reconhecido como um neologismo e serve para exprimir a idéia do poder, da força que os agentes vulneráveis socialmente devem exercer para serem capazes de decidir sobre suas próprias vidas. Também é compreendido como a garantia dos meios e dos instrumentos para que os agentes vulneráveis socialmente consigam mudar fatos, costumes e normas que causam desigualdades de poder. O software do MSN veio para contribuir na comunicação no século XXI, e cabe a cada um não deixá-lo apoderar-se de si mesmo.

Segundo Pessoa (2008) et all Vygotsky na abordagem sociointeracionista, a linguagem é considerada como partindo da dimensão social para a individual. Os autores não negam os componentes inatos da linguagem, mas priorizam a contribuição do contexto lingüístico e social para o desenvolvimento lingüístico infantil. Para Vygotsky (1984), o sujeito é constituído na sua própria cultura e através da relação com os parceiros da mesma. Ao mesmo tempo que o sujeito incorpora sua cultura, ele é incorporado por esta através de seus atos, suas atitudes, seu modo de agir na cultura, possibilitando dessa forma, a reestruturação de suas atividades.

2-A LINGUAGEM DO MSN NO CONTEXTO SOCIAL


A rede digital traz para a escola uma nova linguagem com vocabulário e aspectos lingüísticos inovadores. Assim, é importante que os profissionais da educação e, principalmente, os professores da Língua Portuguesa entrem em contato com essas novas tecnologias urgentemente. Nossa pesquisa revelou que os jovens conseguem discernir a linguagem do MSN e a linguagem formal utilizada no trabalho e escola.

-“Sempre gostei de ler e escrever, mas conheço pessoas que foram influenciadas pela linguagem do MSN, virou mania”.

-“Leio bastante, assim escrevo do jeito certo”.

-Já tive problemas com a escrita, virou vício. Ainda aparece erros”.

Assim, a linguagem formal tem o seu lugar na vida do jovem que busca uma leitura para além do MSN, com livros, jornais e a própria leitura do mundo.

-“Utilizaço a linguagem escolar a mais tempo do que a do MSN”.

Esta fala nos remete a importância da influência sócio-histórica na vida de cada um.

-“Não encontro dificuldade em separá-la. Em relação aos amigos, consigo separar o tipo de linguagem”.

O internetês como tem sido chamado, é uma realidade e por isso precisa ser entendida e apreciada como tal. A língua evolui conforme a sociedade que a pratica avança tecnologicamente, eis ai o resultado; a linguagem prática na internet seja qual for sua maneira traduz de forma singular o processo de modernidade. Dessa forma, a escola, principalmente, no que se refere ao ensino-aprendizagem de língua portuguesa ficou inerte, uma vez que professores de “língua portuguesa” ficaram presos a conceitos superficiais da língua. O que impressiona na prática lingüística internética são os números. Conforme pesquisas realizadas recentemente, o número de usuários desse veículo aumentou significativamente e, por isso, a comunicação e a língua por eles utilizada têm mostrado avanços no que se refere à dinâmica lingüística.

Por fim, acredita-se que o internetês configura-se como um mediador da prática lingüística contemporânea, embora seja vigiado pela norma padrão da língua. Não obstante, aos caprichos dos estudiosos ortodoxos da língua os quais o considera como interferência negativa na produção culta, uma vez que já temos muitos problemas no uso da língua padrão.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Ciberviciado - Vicio por internet



Quando se fala em vício logo pensamos em drogas, cigarro, álcool, jogatina, entre outros. Porém, o vício está ligado a uma questão mais ampla, ou seja, não se restringe a um ou dois aspectos, mas sim a diversos. Há o vício em internet que também é conhecido como compulsão à internet ou internet-dependência.
É diagnosticado como um caso de internet-dependência, quando as pessoas têm sua vida pessoal, profissional e sentimental afetada pela permanência exagerada na internet. Atualmente, os casos de compulsão à internet vêm crescendo consideravelmente, isso está associado ao fato de que a todo o momento novas pessoas estão se conectando à rede, além dos atrativos novos que ela proporciona aos internautas veteranos, fazendo com que queira permanecer conectados sempre.
Existem casos de ciberviciados que morreram por permanecerem tempo de mais na frente do computador. Isso se deve ao fato de haver certas doenças que se desenvolvem pela permanência em uma determinada posição, etc., uma dessas doenças é a Trombose Venal Profunda, que pode evoluir para uma Embolia Pulmonar, e por fim levando o individuo a morte. Dados de uma pesquisa realizada por estudiosos norte-americanos revelam que de 6% a 10% dos aproximadamente 189 milhões de internautas americanos sofrem deste mal.
Uma pessoa que passa algumas horas conectadas a internet, seja enviando e-mails, conectado a sala de bate-papo, realizando negócios ou jogando, pode ser considerado um ciberviciado. Alguns especialistas consideram o vício pela internet um “problema psíquico”. As mortes geradas pela compulsão à internet fizeram com que surgissem as “ciberviúvas”, são as esposas e namoradas de homens que morreram deste mal. Além disso, o cibervicio gera o “ciberadutério”, ocorre com pessoas que têm algum tipo de relacionamento fixo e mantém um relacionamento amoroso virtual. Muitos especialistas declaram que o cibervicio deveria estar listado juntamente com a cocaína, a heroína, entre outras drogas que geram vício.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

JUSTIFICATIVA

A pesquisa sobre essa temática pautou-se a partir de leituras de Vygotsky e Lúria relacionadas ao desenvolvimento da linguagem, reportagens e observações no que se refere a utilização do software no contexto atual. A sociedade atual foi lentamente gestada, desde o Renascimento, nos século XV e XVI, quando surgiu a sociedade moderna tendo como base o princípio da ciência, encarnado pelo homem concebido por Descartes como ser do cogito. Este princípio foi introduzido, em substituição à base religiosa dominante durante toda a Idade Média, tornando-se aos poucos cada vez mais abrangente, contaminando a totalidade do tecido social.
Hoje, no entanto, podemos supor que um dos principais motivos de a ciência ser generalizadamente aceita como princípio social organizador está ligado menos à ciência em si e mais aos seus efeitos, ou seja, ao fato de ela produzir tecnologia e produtos derivados, como rádio, televisão, computador, automóvel, avião, medicamentos, etc. Assim, a tecnologia passou a ser entendida como a verdade da ciência. Para Lefèvre & Madeira (2007)
"No campo da saúde/doença, com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, acabou ficando claro não ser mais possível uma relação direta do homem com seu corpo e mente sem a mediação de uma expertise e de um conjunto de experts, que detém o conhecimento especializado sobre o corpo/mente-como-máquina (inclusive o conhecimento sobre o corpo/mente como máquina inconsciente). Mas, por outro lado, ficou também clara a necessidade de controle dessas instâncias mediadoras específicas pelo homem, buscando a recuperação da sua autonomia sobre a saúde e a doença e daquilo que, no fim das contas, é o seu corpo/mente. Em que termos pode ser colocada essa retomada da autonomia do homem sobre a sua saúde/doença junto às instancias mediadoras".
Fica evidente a atual necessidade do homem pela internet o que se questiona é quem regula quem. A internet veio como um meio para atingirmos nossos objetivos de forma mais ágil, ela veio para facilitar e ampliar o meio de comunicação. Porém o que se percebe é que o homem foi dominado pela máquina.
Para Lefèvre & Madeira (2007) essa difusão de informação vem empoderando o cidadão comum na medida em que, em tese, vem permitindo, no terreno da informação/conhecimento sobre saúde/doença, desbalancear a relação assimétrica profissional de saúde/paciente. De fato, a internet está mudando a dinâmica da comunicação em todo o mundo. Trata-se de um novo cenário com vários atores: o cidadão, a escola, a universidade, a empresa, a instituição não-governamental, o governo, todos atuando de alguma forma nos processos da tecnologia da informação, disponibilização de informações e inclusão digital (inclusão digital e combate à exclusão social e econômica estão intimamente ligados). Daí, toda a problemática da autonomia, da experiência vivencial com o próprio corpo/mente tende a ser, não importa se brutal ou gentilmente, desconsiderada ou subalternizada . Assim, caso os indivíduos "educados" – pelas propostas de educação em saúde, educação de pacientes, desenvolvimento de hábitos saudáveis, etc. – passem a ver e a gerenciar seu corpo em conformidade com o modelo do corpo-máquina, estariam deixando de ser indivíduos para funcionar como "marionetes de si mesmo".


METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A presente pesquisa será focada na pesquisa qualitativa, e a obtenção de dados será um Estudo de Caso onde será observado e entrevistado um grupo de pessoas específicas de um determinado ambiente. Agregada a ele será realizado estudos dos principais trabalhos já realizados e estudo de literatura pertinentes. Assim essa pesquisa constitui-se pelo Método Descritivo, que pretende descrever o fenômeno pesquisado de uma determinada realidade.
Entre as muitas tentativas de caracterização da abordagem qualitativa, Alves-Mazzoti e Gewandsznajder (2001), consideram como a principal característica das pesquisas qualitativas o fato de que seguem a tradição “compreensiva” ou interpretativa; ou seja, partem do pressuposto de que as pessoas agem em função de suas crenças, percepções, sentimentos e valores; e que seu comportamento tem sempre um sentido a ser desvelado. Dessa posição decorrem as duas características essenciais dos estudos qualitativos: visão holística, que parte do princípio de que a compreensão do significado de um comportamento ou evento só é possível em função das inter-relações que emergem de um contexto; abordagem indutiva, que parte de observações mais livres do pesquisador, deixando que as dimensões e categorias de interesse surjam progressivamente.
Considerando-se o critério de classificação proposto por Vergara (2005) quanto aos fins, a pesquisa realizada caracteriza-se como descritiva. Este tipo de pesquisa objetiva conhecer e interpretar a realidade sem nela interferir para modificá-la. Pode-se dizer que ela está interessada em descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e interpretá-los
Quanto aos meios, a pesquisa realizada constitui um Estudo de Caso. Como estratégia de pesquisa, o Estudo de Caso contribui para aquisição de conhecimentos relativos a fenômenos individuais, organizacionais, sociais, políticos e de grupo, entre outros. Esta estratégia de pesquisa tem sido utilizada na psicologia, sociologia, ciência política, trabalho social, administração e planejamento social. Em todas as situações, a clara necessidade do Estudo de Caso surge do desejo de se compreender fenômenos sociais complexos.
No presente estudo, o instrumento de coleta de dados definido foi o grupo focal, o qual consiste num

método de pesquisa qualitativa que pode ser utilizado no entendimento de como se formam as diferentes percepções e atitudes acerca de um fato, prática, produto ou serviços(...) Trata-se de um tipo especial de grupo em termos do seu propósito, tamanho, composição e dinâmica. Basicamente, o grupo focal pode ser considerado uma espécie de entrevista de grupo, embora não no sentido de ser um processo onde se alternam perguntas do pesquisador e resposta dos participantes. (Carlini-Cotrim, 1996, p- 285-93)

Optou-se por realizar o Estudo de Caso em uma Lan House da Cidade de Caratinga selecionada aleatoriamente. Foram realizados dois encontros com duração de uma hora e meia com o respectivo grupo.
As entrevistas do grupo foi composta de forma semi-estruturadas e com perguntas relacionadas a utilização do software. As mesmas foram gravadas, transcritas e o resultado das transcrições foi submetido à análise de conteúdo qualitativa, na perspectiva de Bardin (1977).
Na fase de análise do material, os dados brutos foram trabalhados e decodificados, ou seja, foi feito recorte, agregação e categorização dos conteúdos de forma a facilitar a análise a ser realizada. Para a estruturação da categorização do material, tomou-se como base os objetivos desta pesquisa, acrescida dos seguintes critérios: Objetividade e fidelidade no processo de classificação, para evitar distorções e variações de juízos; categorias mutuamente exclusivas, evitando-se existência de ambigüidades; homogeneidade de categorias, ou seja, um único princípio de classificação existente; e a produtividade do conjunto de categorias, para fornecer índices de inferências para a análise pretendida e ainda gerar possibilidades de novas análises futuras.

REFERENCIAL TEÓRICO

O desenvolvimento da Linguagem

Uma nova linguagem, oriunda do mundo virtual, invade o mundo real e é usada nas mais diversas situações, chegando até mesmo ao ambiente escolar. Pois algumas pessoas não conseguem dissociá-la da língua formal e a usam inclusive na escrita em papel. O “internetês” é uma simplificação informal da escrita, consiste numa codificação que utiliza caracteres alfanuméricos. No início da Internet era utilizada apenas para Internet Relay Chat (IRC). Essa linguagem vem sendo adotada em celulares, fóruns da Internet e, por vezes, até no correio eletrônico.
Nunca a comunicação por intermédio da escrita e da leitura foi tão utilizada como nos dias de hoje. Com a difusão dos blogs, orkut, chat e até mesmo nos torpedos dos celulares, a linguagem peculiar da internet, invadiu a sala de aula e transformando-se em preocupação para os educadores. Não podemos nos esquecer, no entanto, que o modo de ver e interagir com o mundo, de sentir e de atuar são sempre orientados pelos meios de comunicação. O papel do educador é o de preparar o educando para usar criticamente as diversas formas de linguagens e também utilizá-las de maneira adequada.
Para Franzoia e Filho (2002)
Há quem suspeite que sim e culpe o pragmatismo dos usuários da internet por sua agonia. Na ânsia de se comunicarem num curto espaço de tempo, eles abreviam palavras ao limite do irreconhecível, traduzem sentimentos por ícones e renunciam às mais elementares regras da gramática. O resultado dessa anarquia comunicativa divide opiniões. Lingüista respeitado, o inglês David Crystal, autor do livro A Linguagem e a Internet, chama esses defensores da sintaxe de alarmistas e não prevê um futuro desastroso para a gramática por causa da rede. Lembra que a invenção do telefone provocou a mesma desconfiança dos estudiosos, preocupados com o risco de uma afasia epidêmica entre os usuários. Por incorporarem uma linguagem cheia de 'hã, hã' e 'alôs', eles corriam o risco de perder a capacidade de expressão e a sociabilidade. Não foi o que ocorreu, lembra Crystal. Ele faz uma previsão otimista: o jargão dos chats (salas de bate-papo) e dos blogs (diários que se tornam públicos) pode estimular outras formas de literatura e desenvolver o autoconhecimento do jovem, como percebeu ao analisar o conteúdo de blogs ingleses.
A linguagem é inata, mas o seu desenvolvimento acontece a partir das interações estabelecidas com o meio. E é nessa relação que o sujeito se apodera de novas formas de verbalizar com o mundo. A relação entre o pensamento e linguagem passa por várias mudanças ao longo da história de vida do indivíduo. Para Vygostsky (1991) a conquista da linguagem é um marco no desenvolvimento do homem. Para este mesmo autor
Signos e palavras constituem para as crianças, primeiro e acima de tudo, um meio de contato social com outras pessoas. As funções cognitivas e comunicativas da linguagem tornam-se, então, a base de uma forma nova e superior de atividade nas crianças (VYGOSTAKY, 1984, p.31)
A função primordial da fala é a comunicação, ela é impulsionada por este objetivo; comunicar seja verbalmente e não-verbal. No contexto atual a comunicação tornou-se princípio único, e os meios de sua utilização são inúmeras desde o telefone ao msn. O que a diferencia e como eu utilizo esses mecanismos.
Muitas vezes utilizamos a Estenografia uma escrita simplificada do original, que tem o mesmo objetivo de aproveitar melhor o tempo e o espaço, assim como o internetês. Para a professora Sylvia Bittencourt
a saída, é saber impor limites. Como tudo na vida, é preciso ter bom senso e saber a hora de usar as coisas". Ela mesma garante que, em conversas informais pela Internet, usa recursos do internetês. "O beleza vira blz; o beijo se transforma em bj e assim por diante faz parte. (http://www.novomilenio.inf.br/idioma/20050530.htm)

O software: MSN

MSN Messenger é um programa da mensagens instantâneas criado pela
Microsoft Corporation. O programa permite que um usuário da Internet se relacione com outro que tenha o mesmo programa em tempo real, podendo ter uma lista de amigos "virtuais" e acompanhar quando eles entram e saem da rede. Ele foi fundido com o Windows Messenger e originou o Windows Live Messenger.
O pioneiro nesse tipo de aplicação foi o
ICQ que em 1997 revolucionou o conceito de mensagens instantâneas online. Porém nos últimos anos o MSN tem conquistado cada vez mais adeptos em Portugal (embora na Europa o mensageiro mais utilizado continue a ser o ICQ) e se tornou líder do segmento no Brasil, onde é consistentemente um dos programas mais baixados nos sites de downloads locais.
O sucesso do MSN Messenger pode ser explicado por ele ser integrado ao serviço de
e-mail Hotmail, por ser incluso com o Windows XP e por ter uma intensa publicidade junto ao público jovem. O MSN permite conversar online e em tempo real com amigos e familiares (wikipedia, 2007).


CRONOGRAMA

















RECURSOS
Para a pesquisa supra citada será utilizado internet, livros, revistas, gravador e orientação do professor da disciplina Psicologia sócio-histórica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BARRETO, R. P. Práticas de linguagem no contemporâneo. Tangará da Serra: Sanches, 2004 BARRETO, Robério Pereira; BALDINOTTI, Sérgio, Ciberdiscurso e interculturalidade na Web. 2005;

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,1991;
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade> Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisa, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. São Paulo: Atlas, 2002;
LEFÈVRE, Fernando & MADEIRA, Wilma.

Hipertrofia das mediações, internet e empoderamento, no campo da saúde-doença. Saúde e Sociedade ISSN 0104-1290 , Saude soc. v.16 n.3 São Paulo set./dez. 2007, www.scielo.com.br, 16 de maio de 2008;

PESSOA, Luciana Fontes Pessôa.Fala materna em cenários comunicativos específicos e o desenvolvimento da linguagem: um estudo longitudinal. TESE DE DOUTORADO DEFENDIDA EM MARÇO DE 2008 NO RJ;